"Se a prática da psicanálise é uma arte, como eu acredito firmemente, e suas descobertas são as da ciência descritiva, é essencial que ela seja feita por indivíduos que possam pensar por si próprios. Isto significa solidão, incerteza e um sentido inescapável de perseguição incipiente por parte do grupo."

Donald Meltzer (Psicanalista Norte Americano)

O fazer poético é uma construção que ao "dar forma aos sentimentos e à visão do mundo nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos humaniza"

Antonio Candido (Sociólogo e Crítico literário Brasileiro)

Em seus escritos, Christopher Bollas conceitua a "poética da estrutura psíquica"como a experiência interior que transforma a desordem em uma estrutura. O caos originário, isto é, o material bruto a partir do qual o artista escolheu uma forma, se torna ordem; por isso, o meu caos interior também se ordena e a mensagem pode atuar.

João A. Frayze-Pereira (Psicanalista e Professor Brasileiro)

Bollas designa a mãe "objeto transformacional"; com profundas implicações em nossa vida, pois toda busca do adulto por transformações constitui a memória desse primeiro relacionamento.

João A. Frayze-Pereira (Psicanalista e Professor Brasileiro)

[...] a experiência estética é uma recordação existencial do tempo em que o comunicar-se ocorria, basicamente, através dessa ilusão de profunda harmonia entre sujeito e objeto. O estar-com, como forma de diálogo, capacitou o bebê a processar a sua existência, antes de habilitá-lo a processá-la por intermédio do pensamento. (Bollas, 1992a, p. 50)

João A. Frayze-Pereira (Psicanalista e Professor Brasileiro)

Bollas associa o sentido do fado ao conceito de falso self e à concepção winnicottiana do viver reativo, assim como articula a ideia de destino ao desenvolvimento do self verdadeiro da pessoa por intermédio do seu idioma pessoal que faz parte do "conhecido não pensado"; (Bollas, 1992b, p. 56). Segundo essa concepção, sintonizada com a etimologia e a literatura clássica rastreada pelo autor, destino refere-se a um potencial na vida de alguém, potencial que uma análise pode contribuir para fazer eclodir e desenvolver, processo que supõe e implica criatividade.

João A. Frayze-Pereira (Psicanalista e Professor Brasileiro)