A Psicoterapia Existencial, pretende ajudar
o cliente a escolher-se e a agir de forma cada vez
mais autêntica e responsável.
Em qualquer caso, resulta claro que o conceito
de psicoterapia não é o de uma técnica destinada
a “curar” perturbações mentais, mas sim o de uma
intervenção psicológica que contribui para o crescimento
e para a transformação do cliente como pessoa.
Mais especificamente, promove o encontro
da pessoa com a autenticidade da sua existência,
para que venha a assumi-la e possa projetá-la mais
livremente no mundo.
A escolha é um processo central
e inevitável na existência individual e a liberdade
de escolher-se envolve responsabilidade pela autoria
do seu destino e compromisso com o seu projeto.
O indivíduo se compromete com a tarefa,
sempre inacabada, de dar sentido à sua própria
existência.Em síntese, a existência individual caracteriza-se
por três palavras-chave – cuidado, construção e responsabilidade.
Negando a sua liberdade
de escolha e a sua responsabilidade, o indivíduo
nega a possibilidade de escolher livremente o seu
futuro.
Em síntese, trata-se de facilitar ao indivíduo o
desenvolvimento de maior autenticidade em
relação a si próprio, uma maior abertura das suas
perspectivas sobre si próprio e o mundo e, ainda,
de ajudar a clarificar como é que poderá agir no
futuro de forma mais significativa. O centro é a
responsabilidade da liberdade de escolha do indivíduo.
A palavra-chave é construção, uma vez que se
trata de desafiar o indivíduo a ser o construtor da
sua existência.
Em princípio, a psicoterapia existencial não
beneficiará significativamente indivíduos que
procuram apenas alívio de sintomas, em que o
mal-estar que motiva o pedido de ajuda está exclusivamente
relacionado com representações de
doença, buscam dependência ou não desejam ou
temem pôr-se em questão, não desejando confrontar-
-se com as suas contradições e possibilidades de
mudança.